18 junho 2011

Guia de Viagem: Bruxelas

Entre idas e vindas ao Brasil e um pouco de vagabundagem, lá se vai um mês que o Blog quase mofou. Mas, não tem nada não, aqui estamos de volta.

Começamos nosso plano de dominação rolê europeu visitando os malditos belgas (sorry, piada interna! =D). Aproveitando que segunda-feira foi feriado, embarcamos rumo a 3 dias na capital dos belgas.

PRA COMEÇAR

Bruxelas é uma cidade de pouco mais de 1 milhão de habitantes. É uma das 3 regiões da Bélgica: Flandres (que fala flamengo, um dialeto do holandês), Valônia (que fala francês) e Bruxelas, mesmo (embora encravada em Flandres, cerca de 80% fala francês). Embora tenha esse rolo de flamengo e francês, dá pra se virar no inglês de boa.

Grand Place ou Grote Markt, o coração da cidade

Além de capital dos belgas, Bruxelas é a "capital" da União Europeia, onde funciona o Parlamento Europeu e várias outras instituições da UE.

DICA 1:  por ser capital da UE, os hotéis da cidade tem um trânsito grande no meio de semana. Assim, o fim de semana pode proporcionar grandes barbadas pra sua hospedagem. Ficamos no Aloft Brussels, na região da UE, uns 2km do centro (com metrô) e conseguimos uns 70% de desconto na tarifa normal. E o hotel era excelente, decoração moderna, bar, quarto perfeito.

Bar do Aloft- ainda por cima, preços bem honestos

CHOCOLATE E CERVEJA

Se tem duas coisas que belga sabe fazer, estamos falando de cerveja e chocolate. Precisa mais?

Nos bares é possível ter uma variedade grande de cervejas, de Duvel a Lindermans, de Leffe a Hoegaarden, passando por várias que você nunca ouviu falar. Mas é nas lojas que qualquer um se perde: centenas e centenas de tipos de cerveja, nem se sabe por onde começar. O negócio é sair atirando pra todo lado, por que errar, você não vai. Fora os milhares de itens relacionados que nem encontramos aqui: camisetas, copos, placas, bandejas,...

Cada um reza no templo que mais se identifica

Chocolate é outra sacanagem. Qualquer birosca vende e não precisa ser os Godivas da vida, aquele que você catar na gôndola do mercado pode ter certeza que vai ser bom bragarai. Mas, também temos os templos, onde se acha de tudo que é jeito e tipo.

Chocopolis - Precisa falar mais?

ATRAÇÕES

Falamos do Grote Markt, onde o destaque é o prédio da prefeitura e onde a parada num dos bares pra tomar uma é obrigatório. No entorno, diversas lojas desde aquelas turistonas, passando por chocolaterias e chegando nas butiques normais.

Pra compras mais chiquetonas, vá para o Boulevard Waterloo, ao lado do Palácio de Justiça (onde moram os superamigos): Tiffany, Zegna, Gucci, Hermès, Cartier, Dior, Vulgari, Luís Vitão, you name it!

Os parques também são muito bacanas de visitar, naquele estilo parisiense (óóó... metendo a mala...) de bosques, fontes e alamedas. Tanto o Parc de Bruxelles, em frente ao Palácio Real, como o Cinquantenaire, perto do nosso hotel (com direito a arco do triunfo e tudo), dão belos passeios.

Pessoa fazendo graça no chafariz...

Com relação aos museus, demos pouca sorte, pois o feriado na Holanda também era na Bélgica. O Museu de Belas Artes traz muitas obras de pintores belgas e holandeses antigos (Rubens, Rembrant e que tais), além do seu anexo o Magritte, de Arte moderna, que ficamos devendo. Também ficamos devendo o Museu dos Instrumentos Musicais e o da Cerveja.

DICA 2: No centro também estão as melhores opções de rango. Uma ruazinha chamada Korte Beenhouwersstraat, ou Petite Rue des Bouchers, ou ainda, a Ruela dos Açougues. É um restaurante atrás do outro, com aqueles caras na porta te enchendo pra escolher o deles, mas com comida e preços excelentes. Menus com entrada, prato principal e sobremesa a partir de 12 euros e com muito frutos do mar. Comemos uma baita panela de mariscos e uma baita paella por 22 euros cada. Muuuuita comida! E vou falar que nos divertimos pacas com o sujeito do nosso restaurante tentando amealhar fregueses. Pensa alguém que não se importa de passar vergonha...

 Cemitério de Mariscos! 

O Atomium é outra atração interessante. Fora do centro, tem que pegar o metrô para a estação Heysel (pra quem lembra, onde fica o estádio da tragédia de Heysel, na final da Copa dos Campeões de 85 entre Liverpool e Juventus). Eles construíram uma molécula gigante (e chamaram de Atomium - não é à toa que os belgas se consideram os portugueses da Europa...) para a Feira Internacional de 1958 e o monumento está lá abrigando exposições sobre a tal feira e sobre a Imigração. Vale.

Subimos láááá em cimão! - putza fila!

DICA 3: uma atração ao lado do Atomium que não vimos nos guias (inclusive dá pra comprar ingresso casado) é o Mini Europe. Um parque que conta com dezenas de maquetes de monumentos europeus na escala 1/25. De Torre Eiffel à Torre de Pisa, de Acrópolis ao Parlamento Britânico, num nível de detalhe impressionante, algumas maquetes demoraram 2 anos pra serem feitas. Um passeiozinho de 1h que vale bem à pena, pra quem se abalou a ir ao Atomium. Falhas: não tem o Coliseu (aliás, de Roma não tem picas), o Castelo de Praga e Neuschwanstein, mas tem ao menos um monumento de cada país da UE.

El Escorial, um nível de detalhe impressionante

Pra finalizar, já que o post tá loooongo, mais uma atração off the books. Encontramos completamente sem querer, saindo do Arco do Triunfo belga, vimos uma placa "Autoworld" e a reação veio em holandês arcaico: "queporraéessa?".

DICA 4: conforme falamos, tem um lugar chamado Autoworld, um galpão imenso que abriga uma exposição permanente de carros antigos. São mais de 300 modelos sendo que uns 70% devem ser dos anos 40 para trás. Cada um com uma breve explicação, inclusive em inglês. Muitos carros do início da indústria automobilística, de todas as marcas e origens distintas, parecendo novinhos em folha. Fora os inusitados, como um carro elétrico da década de 10, ou um carro anfíbio que chegou a ser produzido em série.

Um Bugatti da década de 30 (ou 40?) que revolucionou o design da época.

Enfim... Bruxelas é uma cidade muito agradável pra se passear. Se perder pelo centro, no meio de cervejas e chocolates, já seria suficiente. Fora isso, tem muita coisa pra curtir.

Começamos bem nossa epopéia pela Zoropa.

4 comentários:

  1. Muito legal ... deve ter sido demais a viagem!

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  2. Breja, sempre quis conhecer a Bélgica. Me dá a impressão de ser um país de conto de fadas, sem problemas etc. hehe. Abraço!

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  3. Michel, pior é que os caras arranjam problemas. Os franceses (valões) e os holandeses (flamengos) não se entendem nem por decreto! É o país recordista mundial em ficar sem governo (verdade, sem exagero). Faz mais de um ano que teve eleição e os caras não chegam a um acordo sobre a formação do novo governo! Mais que o Iraque pós-Saddam.

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  4. Oi Amaral;

    Ainda bem que a atualização voltou, já estava achando que você tinah sido pgo pela imigração holandesa (tem isso?).

    Legal esse post. Já estive em Bruxelas e é mesmo um lugar simpático. Só não vi graça nenhuma nesse Atomium, onde, incoerentemente, tirei umas 20 fotos. (rs)

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