Às vezes irrita um pouco a forma simplista como as pessoas
encaram problemas complexos. Nos últimos meses, vemos rodando no Brasil um
monte de iniciativas e campanhas nas mais diversas áreas do nosso dia a dia,
buscando alterar algo na nossa sociedade.
Desde sacolinhas de mercado até discussão sobre maioridade
penal, passando pelo incentivo ao uso de bicicletas, as discussões acabam se
reduzindo a “vamos fazer isso, pois isso é feito na Europa (ou EUA) e dá
certo”. OK, a premissa de copiar bons exemplos é bastante válida, mas desde que
se estude e entenda o ambiente todo, não apenas forçando uma mudança única que
acabará por ser pouco efetiva. Se é pra copiar, faça bem feito.
A ideia deste post é dar uma panorâmica sobre uma sociedade
que vive sobre duas rodas e ver o que podemos adotar como boas práticas e o que
não é tão viável, dadas as diferenças de realidade. A Holanda é exemplo mesmo
de país que priorizou a bicicleta (ou fiets, como eles chamam aqui) como meio de transporte, mas a coisa é bem
mais complexa do que fechar uma faixa de rolamento de trânsito com cones e
falar “vá de bike!”.
Aliás, veremos o quanto esta solução propagandeada por
muitas prefeituras – notadamente a de São Paulo – não apenas é simplista, mas é
porca. Mas, primeiro, um pouco sobre os holandeses e as bikes.
HISTÓRICO
O holandês não nasceu sobre duas rodas e, por mais que a
geografia do país facilite brutalmente esse meio de transporte, as coisas nem
sempre foram assim. Esse vídeo, divulgado no YouTube uns meses atrás, mostra
que o fato do holandês viver em duas rodas não é resultado de uma geração
espontânea, mas de uma política de estado séria, ampla e de longo prazo que
começou no início dos anos 70. Está em inglês, mas é só clicar no botão de legendas, que tem versão em português:
CICLOVIAS
Essa é a parte principal, é o que determina se ciclistas
irão às ruas ou ficarão em seus carros; no fim a diferença entre se pedalar com
segurança ou não. Na Holanda, dá pra separar a relação carro-bicicleta em 4
grupos:
- Estradas: nas estradas acima de 80 km/h de limite de
velocidade, nem sempre há uma ciclovia, mas quando há, ela é tão separada da
estrada que muitas vezes nem dá pra ver. Ela segue mais por dentro das cidades,
de forma que você pode chegar de A a B da mesma forma, mas longe dos carros.
Não existe essa de pedalar no acostamento.
- Avenidas: chamaremos aqui de avenida aquelas que possuem 2
ou mais faixas de rolamento e velocidade máxima de 70 km/h. Nesse caso, a
ciclovia sempre é separada da avenida. A ciclovia pega um pedaço do que seria a
calçada, nesse caso, quase sempre com piso específico e divisão física
(desnível) pra calçada. Algumas vezes, a ciclovia é na “pista local” destas
avenidas, onde carros entram para estacionar ou, talvez, virar à direita;
nesses casos, a prioridade é total do ciclista.
Calçada, Ciclovia e Avenida. Simples. |
- Ruas maiores: são as de limite de 50 km/h. Diria que
nessas ruas, uns 80% das ciclovias também são separadas da faixa de rolamento,
na calçada. Por falta de espaço, nem sempre a divisão com os pedestres é
física, podendo ser apenas um caminho pintado no chão. Nos 20% onde a ciclovia
é um pedaço da rua, ela sempre é pintada em cor bem diferente e há espaço
suficiente para carro e ciclista passarem sem se bater, indo e vindo.
Lá longe tem uma avenida de 50km/h |
Ou então, assim, mas com espaço pra todos |
- Ruas pequenas: nas ruas de bairro, aquelas só com trânsito
local, o limite de velocidade é de 30 km/h. Na maior parte, há um pedaço de
ciclovia pintado no canto da faixa, mas pelo tamanho da rua, nem sempre cabe
carro indo e voltando com ciclistas dos dois lados. Em outros casos, não há
nada pintado e o ciclista pode usar a rua normalmente. Em todos os casos, a
prioridade é totalmente do ciclista. Já presenciei diversas vezes até ônibus
esperando pacientemente a velhinha de bicicleta conseguir encostar pra ele
passar.
Simples.
Vias de 30km/h estão sinalizadas. Sempre há placas lembrando: Zone 30! |
O que se faz em grandes cidades colocando apenas
cones como proteção numa faixa de rolamento em uma avenida com limite de 80
km/h é o que chamei lá em cima de solução porca: é ruim para os carros, pois
diminui tremendamente o seu espaço, aumentando o já caótico trânsito. E é ruim
para os ciclistas, pois cone não protege a vida de ninguém. Acho um absurdo ver
uma Avenida Paulista com uma solução dessas, sendo que sua calçada é larguíssima,
podendo acomodar tranquilamente uma ciclovia.
Ciclovia de cones é coisa pra final de semana, pra ciclismo
de lazer. Não pra servir como meio de transporte sério.
Só que é mais fácil, mais barato e mais rápido os prefeitos
comprarem uns pouco milhares de cones e falar: “olha, temos ciclovias!”. Não,
não temos ciclovias, temos soluções mambembes.
O nível que o pessoal chegou. Num entroncamento de grandes avenidas, temos essa rotatória suspensa de ciclovia. |
A Holanda é o país mais seguro para se andar de bicicleta no
mundo, mesmo sendo o país onde mais se pedala. Pra ter uma idéia, um holandês
pedala, em média, 3 km por dia. Veja bem, estamos falando em médias diárias e
da população toda. Mesmo assim, o índice é de 2 mortes a cada 100 milhões de km
pedalados. Comparando, na Grã Bretanha, o índice é de 8 mortes. Isso porque
ninguém usa capacete, exceto alguns ciclistas de corrida e algumas crianças.
Sério, nunca vi um adulto numa bike comum usando capacete.
EDUCAÇÃO
Primeiro, falamos dos motoristas. A coisa é simples: cerca
de 90% da população adulta da Holanda usa bicicleta ao menos uma vez por semana
(tirando o inverno), de forma que virtualmente todo mundo é ciclista. Logo, o
motorista entende o que é estar em duas rodas. Além disso, há a lei. Não sei
exatamente quais são as penas, mas já nos falaram algumas vezes que se puder
escolher, atropele um carrinho de bebê, um cadeirante ou uma freira idosa, mas
nunca um ciclista! Mesmo que ele não tenha razão, a dor de cabeça será enorme.
No fim, é fácil nos acostumarmos a olhar pra trás antes de virar, mesmo que pra
direita.
Mas, aqui tem outro ponto: o ciclista! Sim, o ciclista
holandês é mal educado, não respeita pedestre (nem nas faixas de pedestre sobre
a ciclovia), não respeita sinalização e acha que pode pedalar em qualquer
lugar, caso não esteja contente com os 19.000km de ciclovias do país. Tudo em
nome da inércia. Agora, tem coisas que o ciclista holandês não faz: ele não
anda na contra mão em ruas (só nas ciclovias), ele não anda entre os carros e
ele não sai trombando pedestres fora da ciclovia. Dentro das ciclovias, fazem o
diabo; fora delas, são comportados.
Tem semáforo de bike aqui... |
Outro detalhe: ciclistas são multados. Muitos adoram andar
em ruas de pedestres no horário comercial, mas se a polícia pega, são € 30,00 a
menos na carteira.
Pra começar a andar sozinha de bicicleta, qualquer criança a
partir de 7 anos de idade faz uma espécie de prova, mostrando que sabe andar de
bicicleta, que entende sinalização e que pode se virar sozinha. Dessa forma,
ela ganha uma espécie de “Carteira de Ciclista”. Educação de base.
CLIMA E GEOGRAFIA
Se tem algo que a Holanda é absolutamente incomparável para o
ciclismo, é a sua geografia. É um país muito pequeno, dá pra ir de uma cidade a
outra de bicicleta sem ser nenhum Bradley Wiggins. As cidades são pequenas;
Amsterdam, por exemplo, não tem 800.000 habitantes e deve dar pra cruza-la de
bike, de um canto a outro em uma hora, se bobear. Em Eindhoven, que é uma
cidade bem espalhada, não leva-se mais de 40 minutos entre seus extremos mais
distantes.
Por fim, o país é absoluta, total e irritantemente plano.
O clima também favorece demais. Primeiro que faz pouco sol,
o que o ciclista que vai arrumadinho pro trabalho, agradece. Na maior parte do
ano, diria que a temperatura gira na casa dos 5oC a 15oC,
ideal pra pedalar sem suar em bica. Se aumentarmos em 10 graus pra cima e pra
baixo esse intervalo (de -5oC a 25oC), pronto: teremos
99% das horas do ano em uma temperatura que dá pra encarar uma ciclovia sem se
matar. Acredite, com uma boa proteção e um pouco de costume dá pra pedalar na
casa do zero grau, ainda mais se forem trechos curtos. Tá, muita gente deixa as
magrelas em casa e pega ônibus nessa época do ano, mas que dá, dá.
Chova, faça sol... ou neve... |
Chove pouco, embora o clima seja constantemente nublado,
chuva mesmo não é muito. E, quase sempre, aquela chuva leve, chata, que dá pra
encarar de boa com uma capa.
Mais que suficiente... |
Só o que atrapalha é o vento: única razão pra sua bicicleta
ter marchas. Não é à toa que esse é o país dos moinhos, aqui venta que nem
gente grande.
Por que discorrer sobre isso? Essas condições são
fundamentais pra termos a bicicleta como um meio de transporte principal. Muita
gente vai e volta aos seus destinos apenas de bike, sem comutar pra nenhum
outro meio.
Fico lembrando da vida em São Paulo: morávamos a 22 km de
onde eu trabalhava (aqui, em 18 km, estou na Bélgica, mais especificamente na
abadia/cervejaria trapista de Achel), numa rua que era uma ladeira que dava
medo de encarar até a pé. Fora isso, é desagradável chegar pro trabalho após
pedalar sob um sol de mais de 25oC, onde se chega melado. Pra
coroar, ainda a terrível rotina de temporais de fim de tarde. É algo a se
encarar, não dá pra pensar que qualquer um enfrenta.
O deslocamento médio de um holandês a cada vez que pega sua
bicicleta é de 2,3km. Na boa, dado o tamanho de São Paulo, nem pra casa dos
meus pais ou dos pais da Carol (e olha que pros padrões paulistanos, eles
moravam muito perto de nós – em direções opostas, porém) nós chegaríamos em
menos de 2,3 km de casa. O deslocamento médio seria muito maior.
Daí a necessidade de se pensar na bike, em grandes cidades,
como um meio de transporte complementar, muito mais que como o principal.
ESTACIONAMENTO
O número de magrelas na Holanda é absurdo: são cerca de 20
milhões de fietsen para uma população de
16,5 milhões de pessoas. Muita gente tem 2 ou 3 bikes.
Fietsstalling no nosso prédio |
Pega o caso do chefe da Carol por exemplo: o sujeito mora
numa cidade a 50 minutos de trem de Eindhoven. Mesmo tendo direito a carro da
empresa, dado seu alto cargo, ele tem uma bike em sua cidade, que ele pega e
vai pra estação de trem. Lá, tem onde guardar a bichinha, seja num lugar aberto
e grátis ou num abrigado e pago. Pega seu trem e desce na estação de Eindhoven,
onde tem outra bike, num estacionamento próprio, esperando para os 10 minutos
finais de trajeto. Além das duas, ele tem um terceira, de corrida, que usa pra
dar suas voltas de final de semana. Como ele, muita gente se locomove assim no
país.
Pra isso, as estações de trem possuem estacionamentos
gigantes. Em Amsterdam tem até prédio garagem de bike. Nos canais da cidade, há
barcos-garagem. E estão sempre lotados. Prédios de apartamentos ou de
escritórios, todos possuem seus estacionamentos próprios.
Estacionamentos organizados... |
A maioria dos pontos de ônibus possuem lugares pra prender a
bike, para as pessoas que moram mais afastadas das linhas de ônibus. Todas as
lojas possuem alguns lugares pra prender bicicletas de funcionários e clientes.
Não vou dizer que seja suficiente, afinal sempre acontece de aqui ou ali ter
que amarrar num poste ou numa grade, mas principalmente na conexão com outros
meios de transporte há MUITO lugar pra deixar sua bike.
... ou bagunçados! |
Infraestrutura para ciclismo não é só ciclovia.
PEQUENOS GRANDES DETALHES
Já que falamos em infraestrutura, vamos pontuar algumas
coisinhas que podem passar batido numa política de ciclismo, mas que acabam
sendo empecilhos no dia a dia.
Muitas empresas aqui disponibilizam chuveiros para seus
empregados, caso queiram tomar um banho, após a pedalação. Tá, banho não é a
atividade mais popular entre os holandeses, mas voltemos a pensar no Brasil com
seu clima quente e a essa mania besta de tomar banho todo dia. A maioria do
pessoal que usa bike para o trabalho acaba fazendo acordo com academias de
ginástica pra tomar banho antes do expediente.
Segurança é outro
ponto fundamental, especialmente em grandes cidades. Metade das crianças e
aborrecentes de 9 a 17 anos na Holanda – pra ser mais preciso, 49% segundo
pesquisa – vai sozinha de bicicleta para a escola. Numa cidade como São Paulo,
esse número seria impensável, mesmo se todas as condições fossem ideais. E para
o trabalho? Eu tinha medo de andar com o laptop dentro do carro, imagina de
bicicleta? É ser parado no sinal e ficar sem nada. Sim, é uma condição que não
depende de políticas ciclísticas ou que possa ser remediada logo. Mas, é um
fato que não pode ser ignorado por quem formula as políticas de transporte.
Outro ponto é o furto das próprias bikes. Sim, na Holanda o
furto – vale lembrar que furto é quando roubam seu bem sem você estar presente
ou ser ameaçado fisicamente – é um crime comum e cerca de 4% das bikes são
roubadas anualmente indo parar nos comércios alternativos. Tanto que muito
holandês usa umas bikes bem fuleiras para o dia-a-dia. Essa que ele larga o dia
todo na estação, costuma ser do tipo caindo aos pedaços. Mas, sempre tem como
minimizar o risco, tomando cuidado onde você para e como tranca sua fiets.
Tenho pra mim que se tivéssemos no Brasil bicicletas paradas nas ruas em todo
canto da cidade, o índice de roubos seria bem maior. E aí? Vai arriscar ficar
sem sua bike, caso não tenha um lugar seguro pra deixa-la?
Curiosamente, não existe na Holanda uma solução comum na
maioria das grandes cidades europeias e que existe também em São Paulo e no
Rio, que é a bicicleta comunitária, aquelas estações onde você pega uma bike e
paga um X por hora até larga-la em outra estação similar. O motivo é simples:
todo mundo tem bicicleta, de forma que um sistema desses não tem razão de
existir. Nas cidades turísticas, como Amsterdam, também aluga-se bikes a cada
esquina.
Falando em turismo, o cicloturismo é quase universal por
aqui. Em qualquer lugar, seja em internet, Tourist Information ou livrarias, há
mapas e mais mapas de Fietsroutes, rotas de bicicletas, especialmente pelas
estradinhas do interior. Algumas cidades, como Eindhoven, têm percursos
marcados para ciclistas de diversos níveis. Nas férias, também, holandês adora
viajar de motorhome e trailers (é mais barato, claro) e sempre tem várias
fietsen presas da traseira deles.
Também não dá pra ignorar o ciclismo como esporte. Todas as
cidades têm seu Wielervereigen, ou clubes de ciclismo, para esportistas de
todas as idades e níveis. Provas como o Tour de France são verdadeiras Copas do
Mundo, onde todos acompanham dia a dia as etapas. Nesse caso, eles reclamam da
falta de montanhas no país e justificam que nunca conseguem ter um ciclista de
ponta no Tour, já que não conseguem formar “escaladores”, ciclistas bons de
montanha.
Essa pode parecer utopia num país que começa a pensar em
bicicletas como meio de transporte, mas em algumas cidades já implantaram
semáforos inteligentes que aumentam o tempo para ciclistas quando está chovendo,
ou pior, nevando. Esse ano implantaram semáforos assim na cidade de Groningen,
no norte da Holanda. A expectativa é que se espalhem pelas demais cidades do
país brevemente.
Como disse, pode parecer utopia, mas é uma demonstração de
como esse meio de transporte é prioritário para os governos. No Brasil, infelizmente,
ainda é tratado mais com fins eleitoreiros do que realmente como política
pública.
ENFIM...
Acho que algumas ideias podem ser bem aproveitadas, por mais
que seja inviável pensar no ciclismo como meio universal de transporte no
Brasil. Se conseguirmos diminuir o número de pessoas que pega um carro pra
andar 4 ou 5 km ou mesmo dar uma opção para o sujeito que precisa chegar a uma
estação de metrô pra ir trabalhar, o trânsito das grandes cidades agradece.
Pensando racionalmente, não dá pra espalhar ciclovias por
todas as ruas das cidades brasileiras, mas que se comece fazendo ciclovias DE
VERDADE em alguns principais corredores, que possam carregar o tráfego mais
intenso. Até porque a quantidade de ciclistas é outro item de segurança. Mais
improvável de um motorista de ônibus não te ver se você estiver junto de outras
dezenas de ciclistas.
Também que se invista em locais para estacionar bicicletas
especialmente nos pontos de comutação de transporte, como estações de metrô e
terminais de ônibus. Claro, com um mínimo de segurança pro sujeito encontrar
sua magrela quando voltar.
Por fim, que as próprias empresas e condomínios comecem a
pensar em investir num cobertinho pra guardar bike e num pequeno vestiário para
funcionários e visitantes. Caramba, estou falando de investimentos mínimos...
É isso, não
precisamos ser uma Holanda pra implantar políticas sérias e racionais para o
ciclismo.
Tot ziens!
Vendo o número de bicicletas estacionadas em toda a Amsterdam (isso para não falar em volta da estação) fiquei com uma dúvida : deve ter um monte que ficam lá esquecidas, abandonadas (tinha várias bem detonadas). Existe uma faxina dessas bicicletas? Um dia que a prefeitura recolhe, sei lá? Já pensou nisso?
ResponderExcluirAbraço
Eles fazem uma limpa de tempos em tempos; já vi um desses caminhões fazendo a recolha das bikes abandonadas aqui em Eindhoven; pegam um daqueles alicatões de cortar corrente e vão jogando na caçamba. Aliás, em Amsterdam tem outro problema, pois muitas bikes roubadas acabam indo parar no fundo de um canal, então eles tb fazem a limpa nos canais, pelo menos uma vez por ano.
ExcluirMuito bom e instrutivo como sempre. Achei que a Holanda sempre tinha andado de bicicleta... olha só!!!
ResponderExcluirAqui, como tudo eu acho um problema de infra estrutura... é como vc falou: Bota uns cones e taí uma pista....
A geografia da cidade é complicada, o povo é mal educado e não se tem o hábito do ciclista. Deveria ter mais propagando de conscinetização para rodos...
Muito bom Bjs
Não dá pra imaginar que seja como aqui - aliás, esse é o motivo do post - mas poderíamos copiar o planejamento, mesmo que com outros resultados.
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